Cuidado com os ciberataques!

Cuidado com os ciberataques!

Como podemos proteger nossos dados dos ciberataques?

 

Redator: Heitor Augusto Colli Trebien

 

Fonte: Photo 233732137 © mariavonotna | Dreamstime.com

 

Conseguimos nos sentir seguros no mundo de hoje? A tecnologia evoluiu muito e trouxe muitas praticidades ao dia a dia. No entanto, parece que os golpes via internet e redes sociais se tornaram algo comum. Esse problema, como Demartini (2020) e Pains (2022) comentam, ficou mais intenso depois da pandemia. 

Diversas empresas e funcionários precisaram se adaptar de forma compulsória ao trabalho remoto, sem preparação ou segurança. Isso facilitou o trabalho de hackers de roubar dados de empresas por meio dos computadores pessoais dos funcionários. Com o vazamento de dados em alta, Gonçalves (2021) comenta que a venda desses dados também se tornou comum, o que deixou milhões de brasileiros vulneráveis. 

Diferentes tipos de golpes foram surgindo e se aprimorando junto com esse vazamento de dados, como o ransomware, no qual ransom significa resgate, isto é, cobra-se da vítima um resgate para devolver os dados. 

O site oficial da FBI comenta sobre o crescimento desses ataques desde 2016, e sugere que a vítima não pague o resgate, pois não existe segurança de que o usuário receberá os dados de volta. O ideal é procurar ajuda competente e investir em proteção digital para evitar o roubo da informação pessoal. 

 

Exemplos de golpes

 

Um golpe que se tornou recorrente é invadir e roubar as fotos do perfil do instagram do usuário e usá-las para vender utensílios eletrodomésticos, como nos exemplos ilustrados de um caso real. 

 

 

Em uma matéria da CNN Brasil, intitulada: Especialista em segurança digital dá dicas para se proteger de golpes (2022), o especialista convidado oferece algumas sugestões para evitar os ataques. Uma delas é evitar fazer transações via Instagram e WhatsApp, pois apesar de serem um meio prático, eles também facilitam o trabalho do hacker. 

Esse é um dos paradoxos da tecnologia: ao mesmo tempo que ela torna nossa vida mais rápida, é mais fácil também de sermos manipulados. Por exemplo, o pix é uma novidade que permite pagamentos instantâneos. No entanto, se você for vítima de uma fraude, para conseguir o dinheiro de volta o processo é mais complicado, com as chances de você não conseguir resgatar o dinheiro. 

Pains (2022) aponta que o golpe do pix cresceu em mais de 350%. Isso significa que os brasileiros sofrem, aproximadamente, sete mil tentativas de golpes por dia. Entre os meses de abril a maio, a empresa Psafe (do qual Pains escreve) bloqueou aproximadamente 424 mil tentativas de golpes no período citado. Assim, é necessário nos protegermos para evitar maiores perdas.

 

Fonte: Photo 241758006 / Cybersecurity © Yee Xin Tan | Dreamstime.com

 

Fique atento para essas sugestões e evite ciberataques: 

 

  • Atente-se para oportunidades muito boas que surgem do nada. Empresas sérias geralmente usam outros meios de comunicação para contactar ou contratar, que não apenas o insta ou o whatsapp. De modo geral, as empresas sérias têm um email oficial. Sendo assim, antes de fazer alguma transferência ou passar dados, procure saber um pouco mais sobre.
  • Em casos de oferta de trabalho, sempre peça, antes de qualquer transação, um contrato. Se o trabalho é honesto, não só a empresa irá te conceder o documento como irá dar detalhes do tipo de serviço.  
  • Evite transferir dinheiro na correria ou na pressa. Muitas vezes os cibercriminosos conseguem o dinheiro pressionando a vítima, ou seja, se estiver se sentindo pressionado, desconfie.
  • Existem casos em que os criminosos roubam a foto do perfil de um amigo para depois oferecer alguma oportunidade imperdível. Novamente, desconfie, sempre tente verificar as fontes. 
  • Estabeleça diálogos e veja se o interlocutor responde de forma clara, com calma e honestamente, respeitando o seu tempo. Isso pode ser um indício de que realmente há um interesse de se comunicar de forma clara.
  • De modo geral, desconfie daquilo que vem da internet. Converse com outras pessoas, procure reclamações em sites apropriados e tome o seu tempo antes de qualquer decisão. Importante: preste atenção e leia os links que recebe, eles geralmente oferecem indícios se são de um site real ou falso.  
  • Evite basear-se apenas nos depoimentos virtuais, pois está se tornando comum criarem declarações falsas, elogiando determinado serviço, situação ou empresa. Um exemplo é o robô do pix, que promete que se você enviar dinheiro, recebe 10x mais. São promessas e elogios que não podem ser cumpridos ou verificados.

 

Photo 107615711 © Michael Borgers | Dreamstime.com

 

Nesse mundo altamente conectado, precisamos nos proteger cada vez mais e contar com a ajuda das pessoas ao nosso redor. 

 

Velip, ecoando sua voz por novos caminhos

 

Referência da imagem de capa

 

Fonte: Photo 158418683 © Tero Vesalainen | Dreamstime.com

 

Referências

DEMARTINI, Felipe. Vazamentos de dados cresceram 47% desde o início da pandemia. Canaltech, 16 jun. 2020. Disponível em: https://canaltech.com.br/seguranca/vazamentos-de-dados-cresceram-47-desde-o-inicio-da-pandemia-166537/.

GONÇALVES, André Luiz Dias. Dados completos de milhões de brasileiros são vendidos por R$ 200. Tecmundo, 4 dez. 2021. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/seguranca/229919-dados-completos-milhoes-brasileiros-vendidos-r-200.htm.  

PAINS, Allyson. ‘Golpe do PIX’ cresce mais de 350% nos dois últimos meses, aponta PSafe. Psafe, dfnrdr blog, 22 jun. 2022. Disponível em: https://www.psafe.com/blog/golpe-do-pix-cresce-mais-de-350-nos-dois-ultimos-meses-aponta-psafe/