Mobile marketing – o comércio na palma da sua mão!
A telefonia móvel era inicialmente para comunicação por áudio, posteriormente com a transição para o mundo digital, a comunicação de dados foi possível, com interações de mensagens multimídias, navegação pela internet, fazer downloads pelas redes das operadoras ou por redes locais/pessoais como bluetooth ou WiFi. Os aparelhos também evoluíram permitindo que os acessos fossem mais práticos e simples. No entanto, ainda existe uma grande lacuna entre o que a tecnologia permite e o que o usuário utiliza, devido a fatores como: novidade para usuário final, algum grau de dificuldade no manuseio, custos altos de acesso às redes, celulares desatualizados entre outros.
O grande volume de usuários brasileiros ainda utiliza áudio exclusivamente, apesar do grande crescimento de acessos à internet pelo celular.
Além do áudio, temos a participação de dados de forma expressiva via SMS que apesar de restrito tecnicamente, pelo volume de texto, tem crescido devido à facilidade de enviar e a objetividade da mensagem.
Para atingir uma faixa maior de usuários brasileiros, temos o áudio e o SMS, ambos com características próprias. A voz permite levar emoção e interatividade em tempo real, como por exemplo, uma mensagem de voz de um artista famoso ligando para o usuário. Já o SMS permite uma informação objetiva que fica registrada para consulta ou acesso futuro, como um endereço de um site.
O uso da voz (portal de voz ou torpedos de voz) permitem uma interatividade ampla e imediata que dependendo das respostas, o sistema pode direcionar para informações específicas. Com as recentes inovações das tecnologias de reconhecimento de voz (ASR) a interação pode chegar a uma conversa virtual de boa qualidade, desde que feito um projeto adequado, ajustes minuciosos e utilizando as novas ferramentas de reconhecimento. Se ainda encontramos no mercado reconhecimento com falhas é porque não utilizaram as ferramentas mais recentes.
No mercado brasileiro verificamos nos últimos meses bons exemplos de campanhas integradas e interativas que utilizavam a voz, na modalidade torpedos de voz e em sua maioria integrada com a web e vídeos. Assim, além da emoção de tocar o telefone e ver o personagem pela web em um vídeo falando com você, temos o elemento participação, que traz a sensação de fazer parte do vídeo em questão, de interagir. Essa sensação boa só é possível com a emoção da voz ou vídeo, sendo praticamente zero por texto, como ocorro no SMS ou e-mails.
Mais uma vez os avanços técnicos estão permitindo uma maior criatividade pelas agências, como os comandos de integração (API’s) de alta velocidade de resposta que torna possível que no PC do usuário seja dado início a um vídeo no exato momento em que se inicia o áudio de um torpedo de voz. Desse modo é possível sincronizar o vídeo com a fala como em uma dublagem, dando a nítida impressão de participar de uma vídeo conferência, algo que não era possível até bem pouco tempo no Brasil (web-video-call).
Outras novas tecnologias de voz já estão disponíveis e estamos presenciando um crescimento dos torpedos de voz para conferência onde interagem um na origem, outro no destino e adicionalmente um locutor/artista que une os dois, permitindo uma nova forma de Mobile Marketing, o de oferecer uma chamada gratuita, atingindo assim dois usuários com a mesma ação. Alternativamente, existe a possibilidade de integrações diferenciadas como enviar um torpedo de voz para o número do usuário e o mesmo acompanhar uma imagem pela web. Ao atender a ligação o personagem/artista do vídeo inicia a conversa simultaneamente.
Certamente a oferta de ligações gratuitas, semelhante à oferta de um ringtone hoje já utilizado, farão parte do Mobile Marketing e isso não é futuro, basta apenas criatividade e utilizar as tecnologias corretas já disponíveis no mercado brasileiro.
José Roberto Aragão – Diretor de Tecnologia da Velip
www.velip.com.br