Como o mercado de hoje investe em proteção e segurança do usuário?

Como o mercado de hoje investe em proteção e segurança do usuário?

Os bots de comunicação automática podem ajudar na segurança das pessoas, por apresentarem uma forma própria de se comunicar 

 

Redator: Heitor Augusto Colli Trebien

 

Investimento em proteção

 

Janone (2022) comenta que quatro em dez empresas agem contra o vazamento de informações. Apesar de ser menos da metade, as empresas aumentaram o investimento em cibersegurança, um aumento de 42% nos últimos dois anos. No primeiro semestre de 2022, o autor ainda destaca que houveram quase 3 milhões de ataques de hackers, uma tendência que provavelmente irá se manter ou até aumentar com o tempo. 

Janone (2022) cita as empresas que mais tomam medidas protetivas, em ordem decrescente: 

 

  1. Informação, tecnologia e comunicação: 50%;
  2. Logística e comércio: entre 43% – 38%;
  3. Alojamento e alimentação: 18% 

 

Uma das estratégias para ajudar a evitar vazamento de dados é treinar, capacitar e orientar os funcionários, para que tomem os devidos cuidados ao manusear os dados individuais. Outra estratégia é o uso de bots virtuais de comunicação automática. Eles são úteis, pois muitas vezes os cibercriminosos fingem ser alguém da empresa, e os bots são claramente diferentes do atendimento humano. 

Sendo assim, uma maneira de ajudar a proteger o cliente é personalizar o bot com a imagem da empresa, por exemplo, para que seja reconhecido rapidamente. No entanto, o usuário deverá se atentar para quais são os bots oficiais, caso sejam usados de maneira indevida. 

Uma das formas de saber se é um bot oficial ou não é se comunicar com o atendente digital, por ser mais fácil de diferenciar a conversa do robô com a de um ser humano. O usuário deve, sempre, analisar o objetivo daquela conversa, para verificar se o que está sendo solicitado envolve alguma necessidade ou demanda real.

 

Como a inteligência artificial está sendo usada nos meios digitais?

 

Fonte: Foto 122742137 / Bots © Alexandersikov | Dreamstime.com

É importante pensar em como a inteligência artificial (IA) e os bots estão sendo usados hoje em dia, tanto como estratégia de roubo como de segurança.

Por exemplo, Demartini (2023) menciona que já estão conseguindo utilizar a IA para modular a voz de entes queridos e enganar o usuário. A vítima recebe uma chamada de emergência com a voz do suposto parente ou amigo pedindo ajuda, similar ao que fazem no golpe por telefone. 

Esse tipo de ataque ficou conhecido como “Fraude do impostor” e já atingiu mais de 36 mil casos nos Estados Unidos no ano passado (2022). Trouxe um dos maiores prejuízos financeiros aos indivíduos, com uma média de mais de 11 milhões de dólares perdidos. 

Por ser um golpe difícil de rastrear, em alguns casos o usuário pode tentar realizar uma ligação ou usar uma mensagem de texto. Dependendo da resposta, fica mais fácil perceber se é uma fraude ou não. Assim, as pessoas precisam compreender como um bot interage, e como as empresas fazem o uso ético dele para realizar serviços oficiais. 

 

Investimento em bots de comunicação

 

Nassif (2022), comenta que os bancos estão investindo aproximadamente R$ 25,7 bilhões em tecnologia, sendo 10% destinado à segurança. Dentre os recursos tecnológicos, como a biometria digital e facial, está também o investimento em bots de atendimento.

Na Velip, entendemos que a cibersegurança é fundamental para proteger os sistemas de computadores, redes e dispositivos eletrônicos contra o roubo, danos ou acesso não autorizado. É essencial garantir a proteção de informações sensíveis, como dados pessoais, informações financeiras e propriedade intelectual.

Uma das tecnologias que pode ser útil para aumentar a segurança das empresas é a inteligência artificial, especialmente o uso de chatbots e videobots. Com o chatbot, por exemplo, o usuário pode receber notificações de transações suspeitas e contestá-las, além de obter dicas de segurança ou mudar a senha quando necessário.

 

Fonte: Foto 270746843 © Blankstock | Dreamstime.com

 

É essencial destacar que, no contexto dos robôs de comunicação automática, a cibersegurança é ainda mais importante. Isso porque esses sistemas lidam com informações sensíveis dos usuários, como dados de pagamento e histórico de compras. Se os robôs de comunicação automática não forem devidamente protegidos, os hackers podem acessar esses dados e usá-los para fins maliciosos. 

Para quem tiver interesse, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) é um recurso digital para se informar sobre golpes digitais bancários, além de explicar como é um atendimento bancário oficial. Vale a pena dar uma olhada para evitar ataques virtuais.

 

Velip, ecoando sua voz por novos caminhos

 

Referência da imagem da capa

 

Fonte: Foto 142188786 / Bots © Wrightstudio | Dreamstime.com

 

Referências

 

DEMARTINI, Felipe. Golpes usam IA para simular vozes de entes queridos e roubar dinheiro. Canaltech, 8 mar. 2023. Disponível em: https://canaltech.com.br/seguranca/golpes-usam-ia-para-simular-vozes-de-entes-queridos-e-roubar-dinheiro-242442/

JANONE, Lucas. Quadro em dez empresas brasileiras agem contra vazamento de dados, diz pesquisa. CNN Brasil, 18 de ago. 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/quatro-em-dez-empresas-brasileiras-agem-contra-vazamento-de-dados-diz-pesquisa/#:~:text=As%20a%C3%A7%C3%B5es%20contra%20o%20vazamento,primeiros%20seis%20meses%20de%202021

NASSIF, Tamara. Golpes digitais colocam cibersegurança à prova; veja como se proteger. CNN Brasil, 19 abr. 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/golpes-digitais-colocam-ciberseguranca-a-prova-veja-como-se-proteger/amp/.