Fonte: imagem gerada pelo Microsoft Designer, com prompts do redator.
O SEO (search engine optimization) será atualizado pela IA generativa e o mundo agora conhecerá o GEO (generative engine optimization)
Redator: Heitor Augusto Colli Trebien
Para iniciarmos a discussão, é fundamental compreender o funcionamento do SEO (Search Engine Optimization), ou otimização para mecanismos de busca.
Trata-se de um conjunto de estratégias que aumentam a visibilidade de um site nos resultados orgânicos de plataformas como o Google.
Diante disso, é essencial que o setor empresarial desenvolva ações específicas para garantir que sua presença digital seja facilmente identificada pelos algoritmos de busca.
Como somos encontrados pelo Google?
Por meio de palavras-chave, tentamos fazer com que nossa empresa, blog, texto ou outro recurso digital seja facilmente encontrado pelo usuário para atrairmos mais clientes. O ideal é que nossa rede ou website apareça na primeira página de pesquisa, pelo menos até o momento.
No entanto, com o lançamento do chatgpt e o avanço da IA generativa, as pessoas começaram a buscar respostas por meio dos chat e vídeo bots, o que mudou a forma de realizar buscas e pesquisas na internet.
Como Canavarro (2025) expõe, hoje buscamos no Chatgpt, Gemini ou outra IA generativa nossas respostas e recomendações. Então pedimos ajuda para o chatgpt para nos indicar uma empresa de comunicação automática, como a Velip, e diminuímos o uso do Google para fazer essa busca.
Com isso, as empresas precisam se preocupar em ser indicadas pelas IAs generativas, o que gera uma nova preocupação: a de compreender o processo de entrada nessa base de dados para sermos vistos sugeridos.
Tendo essa nova forma de busca em vista, as empresas de SEO se adaptaram e agregaram o GEO (generative engine optimization – ferramenta generativa optimizada ou otimização para mecanismos generativos).
Pesquisas por IA generativa: GEO
Com a ferramenta, a informação é lida, processada e compartilhada pela IA generativa, o que gera um novo marketing de conteúdo, como Mendes (2025) destaca.
As pesquisas se tornaram mais personalizadas, o que fará com que as palavras-chave passem por um processo de transformação. Provavelmente, será necessário construir sentenças mais completas e contextualizadas para atingirmos nossos objetivos de visibilidade.
Agora, precisaremos explicar nossos propósitos para que a máquina encontre melhores resultados e nos deixe mais satisfeitos. Os critérios de análise mudaram: antes, pensávamos em palavras-chave, isto é, quais palavras nossos clientes usavam para nos encontrar. No caso da Velip, por exemplo, tínhamos: comunicação automática, ligação automática, cobrança automática, robô de ligação, torpedo de voz, entre outros.
Os novos critérios de análise envolvem produzir um texto que a IA generativa irá ler e depois entregar ao potencial cliente, ou seja, é necessário compreender os algoritmos de IA e como eles avaliam o nosso texto para que ele seja compartilhado da maneira como queremos.
A IA irá recontar nossa narrativa para o público. Assim, o foco recai sobre o conteúdo, enquanto no SEO tradicional, segundo Mendes (2025), realçava-se a velocidade do carregamento da página, a frequência em que as palavras-chave apareciam e a presença de backlinks (links de redirecionamento para outras páginas).
Como a redatora ressalta, o GEO irá gerar uma resposta multimodal, considerando diversos conteúdos dos sites mais bem avaliados para responder a dúvida solicitada, enquanto o SEO tradicional apresenta as possibilidades a partir da frequência e proximidade entre a palavra tema e o produto ofertado. O posicionamento, assim, será avaliado por meio de respostas ricas, e não mais a quantidade de produtos ou serviços similares às palavras-chave associadas.
Novos critérios a serem avaliados: estilos de linguagem e EEAT
Mendes (2025) ressalta que a forma de escrever o texto/resumo do tópico em questão irá sofrer modificações. Percebe-se que o modo e o estilo em que o texto é escrito pode melhorar a indicabilidade do site/empresa.
Entre os critérios, a autora apresenta o EEAT: expertise, experience, authoritativeness e trustworthiness, isto é, expertise, experiência, autoridade e confiabilidade.
A expertise indica a capacidade do autor em expressar de maneira clara e precisa determinado conteúdo. A experiência ajuda a melhorar o texto e a utilizar as palavras adequadas ao contexto. A autoridade representa, por exemplo, o uso de jargões técnicos de modo claro, fluido e compreensível, para que o público leitor compreenda aquela mensagem de forma simples e fácil. A confiabilidade avalia se aquele texto é real, se contém informações verdadeiras e se é seguro navegar pela webpage.
Assim, percebemos que o SEO irá atuar de modo complementar ao GEO, em que um contribui para a execução e melhoria do outro. Os profissionais e empresas precisarão se atentar a essa combinação de fatores para que atinjam seu público.
Outros critérios importantes para a GEO
Além da linguagem, Mendes (2025) ressalta a necessidade de:
- Acréscimo de dados estatísticos, que indicam informações baseadas em dados reais.
- Citação de fontes.
- Adição de citações.
- Palavras únicas, isto é, palavras próprias do vocabulário de uma empresa, além dos jargões técnicos.
- Otimização de fluência.
- Linguagem simples.
- Presença de termos técnicos.
Com a integração desses tópicos somados ao EEAT, os textos produzidos irão melhorar a qualidade, para que a máquina possa encontrá-los e também produzir uma narrativa de excelência para engajar o usuário com qualidade.
Referências
CANAVARRO, MARCELA. Avanço da IA ameaça Google e leva empresas a criar post para robô ler. Tlti Uol, 16 jun. 2025. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/06/16/avanco-da-ia-ameaca-google-e-leva-empresas-a-criar-post-para-robo-ler.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 17 jun. 2025.
MENDES, LARISSA. O que é Generative Engine Optimization (GEO) e qual o impacto em SEO? Entenda!. Rockcontent, 27 mar. 2025. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/generative-engine-optimization-geo/. Acesso em: 17 jun. 2025.