A empresa Dyson, mundialmente conhecida pelos seus aspiradores de pó robóticos e os secadores de mãos, agora quer ampliar o mercado: estão desenvolvendo robôs capazes de ajudar nas tarefas domésticas.
Redator: Heitor Augusto Colli Trebien
Textos base disponíveis no site da BBC News: Dyson working on home robots e Dyson has scrapped its electric car project
A companhia anunciou, em 25 de junho de 2022, planos para criar um grande centro de robótica em suas instalações em Hullavington Airfield, em Wiltshire (Inglaterra), no qual irão trabalhar em novos tipos de robôs domésticos. A sede será o lar de 250 engenheiros de robótica.
Fundada na Inglaterra, a empresa agora tem sede em Cingapura. De acordo com a matéria da BBC, a Dyson afirma que está investindo pesadamente no desenvolvimento de novas tecnologias – e metade das 2.000 pessoas que entraram na empresa neste ano são engenheiros, cientistas ou codificadores.
Além disso, a companhia também está contratando engenheiros de robótica de várias disciplinas, incluindo visão computacional, aprendizagem de máquina e mecatrônica.
A empresa revelou vislumbres de alguns de seus trabalhos em um vídeo na Conferência Internacional de Automação e Robótica (International Conference on Robotics and Automation) na Filadélfia.
Braços robóticos são vistos rapidamente pegando pratos, uma garrafa de detergente e um ursinho de pelúcia – mas o tipo de dispositivos comerciais a que este trabalho pode conduzir não é revelado. No entanto, tudo indica que a Dyson busca alargar a gama de produtos que oferece.
Recentemente, ela deu o primeiro passo na tecnologia vestível – mas seus fones de ouvido com visor de boca com purificador de ar receberam feedbacks mistos online, com “aspecto estranho” e “distópico” entre os termos utilizados para descrevê-los.
Além disso, algumas tentativas de mudança para outras áreas revelaram-se comercialmente inviáveis, mais notadamente em 2019, quando a empresa abandonou um projeto de carro elétrico.
O Sr. James Dyson, inventor da firma, comentou na época que os engenheiros haviam criado um “carro elétrico fantástico”, mas que não chegaria às estradas porque não era “comercialmente viável”. O inventor afirmou em email enviado para todos os funcionários que não encontraram um comprador para o projeto.
Dyson planejava investir mais de 2 bilhões de euros no desenvolvimento de um veículo elétrico “radical e diferente”, um projeto lançado em 2016. Ele disse que o carro não seria voltado para o mercado de massa. Metade dos fundos iria para a construção do carro e a outra metade para o desenvolvimento de baterias eléctricas.
Em Outubro de 2018, Dyson revelou planos para construir o carro numa nova fábrica em Singapura. Previa-se que estivesse concluído no próximo ano, com os primeiros veículos a serem retirados da linha de produção em 2021.
Dyson queria fazer algo revolucionário – mas também precisava fazer valer a pena. E as somas simplesmente não batiam. Na época, as vendas de carros elétricos estavam subindo rapidamente. No entanto, eles ainda custam mais para serem fabricados do que os carros convencionais e geram bem menos lucro – isso se houver algum.
Dyson concluiu que simplesmente não podia se dar ao luxo de brincar com os tubarões – embora seus esforços para dar um salto quântico na tecnologia de baterias continuem. Assim, a Dyson continuará trabalhando com a tecnologia de bateria que foi usada no carro. O inventor acredita que sua bateria beneficiará a Dyson de maneira profunda e nos levará a novas e empolgantes direções.
Quem sabe, no futuro, com os esforços de diferentes empresas de tecnologia, o carro elétrico não seja possível e rentável tanto para o público quanto para as empresas?[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]