A revolução da escrita digitada: novas possibilidades de comunicação

Mulher negra, jovem e descolada digitando no celular

Fonte: imagem produzida pelo Microsoft Designer com prompts do redator.

 

Redator: Heitor Augusto Colli Trebien

 

Com as plataformas de comunicação tecnológica, como torpedos, SMS, Messenger e WhatsApp, nosso modo de escrever passou por modificações. 

McWhorter (2013), linguista estadunidense, destaca que a fala sempre foi diferente da escrita, e o processo de digitar (texting) se tornou um novo jeito de falar. 

 

As diversas opiniões acerca do processo de digitar 

 

O linguista aponta que, por um tempo, as mensagens de texto (texting) foram desclassificadas, tratadas como inferiores devido ao modo de tratar a língua inglesa. Fenômeno que pode ser observado também aqui no Brasil em relação à língua portuguesa.

Claro, como muitos signos e significados foram construídos na relação com o digital, a comunicação sofreu uma desestabilização: precisamos nos reorganizar para entender o que aquelas mensagens significam. 

Entretanto, esse processo é natural, seja na passagem da fala para a escrita, e da escrita para o processo de digitar mensagens de texto. O processo de digitar se tornou um meio termo entre fala-escrita, com características que lembram a fala, devido sua fluência e atualizações rápidas. 

 

Um pouco de história da língua

 

Segundo McWhorter, a escrita foi inventada a 5.500 anos atrás, enquanto a língua remonta a pelo menos 80.000 anos. O processo de falar veio antes, para em seguida surgir a escrita. Com o tempo, a escrita foi desenvolvendo uma comunicação própria, mas com raízes na oralidade.  

A escrita inicial era mais rápida, com sentenças curtas, inspiradas no modo de falar. Hoje, já possui um propósito diferente e é mais lenta, enquanto a fala tende a ser mais rápida e subconsciente.

No entanto, vale lembrar que começamos a desenvolver estratégias que mesclam a escrita e a oralidade. A oratória é um exemplo disso: não é comum falar do modo como se escreve, no entanto, a oratória surgiu desse resgate: a fala retoma a escrita quando quer parecer mais formal, imponente ou respeitosa. 

Movimento similar ocorreu com a digitação (texting), no qual características da fala como velocidade e praticidade foram reincorporadas na escrita em plataformas digitais.  

 

A revolução rápida: tecnologias que aceleram a escrita

 

O linguista ressalta que antes não tínhamos tecnologias para nos ajudar a compartilhar textos escritos, mas hoje esses recursos existem, e produziram uma nova cultura de compartilhamento da informação. 

As mensagens de texto envolvem o mecanismo bruto da escrita, mas sua espontaneidade vem da fala. A pontuação sofreu modificações, assim como a capitalização apareceu para representar uma intensidade emocional durante a interação. 

Assim, as mensagens de texto desenvolveram um modo próprio de comunicar a informação, com uma convenção e gramática diferenciados.

Por exemplo, quando usamos ponto final em uma mensagem de texto por WhatsApp, pode indicar que a pessoa está brava, sem paciência, sem vontade de continuar a conversa. Pode ser um modo de interromper a interação, muito diferente do sentido de finalizar um texto escrito.  

A comunicação passou a estar nas entrelinhas, similar à fala. E para ampliar a complexidade, hoje usamos imagens, como memes, ou mesmo vídeos, como gifs, para representar toda uma ação, ideia ou contexto. 

 

A Velip e a comunicação automática multimodal

 

Considerando o nosso novo contexto de evolução tecnológica para a comunicação, a Velip desenvolveu uma plataforma multimodal, na qual você pode usar recursos de voz, texto e imagem para compartilhar as campanhas da sua empresa. 

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Referências

MCWHORTER, J. Is Texting Killing the English Language?. Time, 25 abr. 2013. Disponível neste link. Acesso em: 6 ago. 2024.